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Tudo Que Você Precisa Saber Sobre Como Estruturar Uma DRE – Demonstração De Resultados Do Exercício

Tudo que você precisa saber sobre como estruturar uma DRE – Demonstração de Resultados do Exercício

Está difícil profissionalizar a gestão da sua empresa? Para quem trabalha com controladoria, planejamento, finanças ou um empreendedor que procura melhorar o gerenciamento financeiro da companhia, o termo DRE — Demonstração de Resultados do Exercício — já deve ter surgido inúmeras vezes em pesquisas, leituras e conversas.

E isso é normal, afinal, a DRE é uma das ferramentas mais simples e lógicas para ajudar na análise dos resultados financeiros de uma empresa, por isso, se torna indispensável a quem está à procura de excelência em sua gestão.

Com ela, gestores e líderes de variados níveis têm a oportunidade de ficar por dentro de tudo o que acontece em relação aos lucros ou prejuízos da organização, a tempo de agir a fim de reverter possíveis cenários negativos. Nesse post, saiba como funciona a DRE e de que maneira esse instrumento pode beneficiar o seu negócio.

Afinal, o que é a DRE ?

Conforme já adiantamos, a DRE é uma ferramenta corporativa; um relatório que resume a situação financeira de uma companhia partindo das atividades operacionais e não operacionais dentro de um determinado período de tempo, na maioria das vezes, no intervalo de um ano — de janeiro a dezembro, como exercício financeiro da empresa. Ele fornece um cenário preciso e claro sobre o negócio, verificando se existe lucro ou prejuízo.

Contudo, muitos gestores e administradores usam a DRE como apoio no dia a dia e aproveitam para gerar o relatório mensalmente. Dessa forma, usam esses relatórios como base para as decisões que serão tomadas futuramente, facilitando a avaliação do desempenho geral da empresa e permitindo que setores diferentes recebam informações detalhadas dos resultados financeiros. Assim, todos podem atuar de forma coordenada e integrada em proveito da companhia.

O uso da DRE, portanto, viabilizará o confronto dos indicadores de receitas, investimentos, despesas, custos e provisões apuradas, colocando em evidência o resultado líquido da organização.

Por que a DRE é importante para a sua empresa?

Ao lado do balanço patrimonial e do demonstrativo de fluxo de caixa, a DRE é uma das ferramentas mais relevantes para uma boa gestão de negócios. Os três instrumentos juntos podem fornecer uma avaliação completa sobre a situação financeira de uma empresa, proporcionando a realização de projetos mais seguros.

A DRE pode funcionar como um suporte para simulação de panoramas futuros, uma vez que contém elementos capazes de identificar o que será preciso ser mantido ou transformado nos negócios, por isso, permite a geração de riqueza da empresa. É um relatório bastante detalhado, porém, muito intuitivo, com isso, o gestor tem condições de tomar decisões envolvendo questões desde o planejamento tributário da companhia até estratégias de negócios.

DRE como indicador de resultado

Por ser uma competente fonte de dados para elaboração de KPIs, a DRE abre portas para que as empresas possam realizar a gestão de negócios com base em indicadores de desempenho. Entre eles, podemos citar o Retorno sobre o Patrimônio Líquido, que aponta o lucro proporcionado pelo investimento dos sócios.

O Retorno sobre Ativos é mais um indicador válido, que demonstra se os investimentos aplicados estão resultando em aumento da rentabilidade. Da mesma forma, o Retorno sobre as Vendas pode ser analisado pela Margem Líquida, que reflete o percentual do faturamento integrante do lucro líquido. São esses alguns indicadores passíveis de serem extraídos da análise da DRE.

DRE como ponto de equilíbrio

Esse fator é de extrema importância, já que proporciona a identificação do ponto de equilíbrio da empresa: a igualdade entre a receita e as despesas totais em um mesmo período. Isso revela qual deve ser o faturamento mínimo mensal necessário para cobrir os gastos fixos e variáveis, além das vendas que devem ser efetuadas para geração de lucro à empresa.

Como podemos observar, a correta elaboração de uma DRE favorece uma visão geral do status financeiro da organização, extraindo informações relevantes, que não devem ser usadas apenas com finalidades fiscais ou legais. Hoje, esse recurso se apresenta como uma ferramenta muito útil para a gestão interna das empresas, com o fim de pautar as decisões e traçar metas, uma vez que visa a gestão estratégica do negócio e segue os preceitos da boa governança corporativa.

O cumprimento de uma gestão financeira completa e competente de uma empresa só tem a ajudar no melhor controle de gastos, além de auxiliar na previsão de cenários futuros.

Como estruturar uma DRE na sua empresa?

O demonstrativo é feito de maneira simples para facilitar o entendimento e a interpretação dos dados por todos, sejam gestores financeiros ou não. Dessa maneira, se torna possível buscar caminhos para melhorar a receita líquida, por isso, o relatório deve ser preparado de forma lógica e sequencial.

É possível manter dados contábeis e administrativos, contanto que obedeça sempre ao princípio do regime de competência, ou seja, todo documento deve ser registrado na data em que o evento ocorreu, por exemplo: entrada (vendas) ou saída (despesas e custos). Em linguagem técnica, significa registro do documento na data do fato gerador, não importando o dia do recebimento ou pagamento.

Podemos resumir a DRE estruturando conforme segue abaixo:

+Receita de vendas
Dedução de impostos
=Receita líquida
Custo de produtos vendidos
=Lucro bruto
Despesas fixas
=Resultados antes do IRPJ e CSLL
IRPJ e CSLL
=Resultado líquido

Mas, o que significa cada item da tabela?

Receita de vendas

Nessa receita, os valores são obtidos por meio da venda de bens (produtos), prestação de serviços (tarefa executada a partir de um contrato) e recebimento de juros, dividendos e royalties pelo uso de ativos por terceiros). A receita de vendas, portanto, corresponde à entrada de dinheiro no caixa da empresa ou no patrimônio de uma pessoa, em espécie ou em créditos representativos de direitos (documento com garantias ao proprietário da posse de bens ou mercadorias).

Dedução de impostos

Você já se perguntou o que significa deduzir? É simplesmente subtrair, diminuir ou retirar uma parte do total, então, quando falamos em impostos, estamos nos referindo ao seu pagamento. Essa expressão também é válida para discriminar quando o valor total é reduzido por algum fator, como o Imposto de Renda, por exemplo, que ao ser declarado, suas deduções poderão diminuir o valor a ser pago e aumentar as chances de restituição de dinheiro.

Receita líquida

Esse item corresponde ao montante exato obtido pela empresa com a venda de seus produtos ou serviços. Portanto, o valor real do ganho é adquirido por meio das vendas (receita de vendas) descontando os impostos (dedução).

Custo de produtos vendidos (CPV)

O CPV equivale aos custos de fabricação de um produto. É toda a quantia investida pela empresa para proporcionar a fabricação do produto. São incluídos nessa conta matéria-prima, água, energia etc.

Lucro bruto

Esse valor é importante para analisar qual o lucro real que a empresa está conseguindo auferir. Ele pode ser calculado por meio da diferença entre o montante faturado (receita líquida) e o que foi gasto com a produção.

Despesas fixas

São os gastos necessários para a manutenção do funcionamento da companhia, por isso, são constituídas mensalmente, independente do faturamento acontecer ou não. São as contas de consumo geral: água, telefone, energia elétrica e outros, lembrando que os custos de produção não são incluídos nessa conta.

IRPJ e CSLL

IRPJ é o Imposto de Renda de Pessoa Jurídica, aplicado a todas as sociedades e empresas, registradas ou não. O CSLL é a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido e se submete às mesmas normas de apuração e pagamento do IRPJ, mantendo a base de cálculo e alíquotas previstas na lei.

Resultado líquido

Finalmente, esse item tão importante para a realização de financiamentos próprios, investimentos ou divisão entre acionistas, sócios e funcionários. É o resultado líquido, conquistado depois da dedução dos impostos e taxas pagas a partir do valor bruto e corresponde ao que resultou na empresa, considerando os ganhos e os descontos feitos em determinado período.

Todos esses fatores, independente da ordem apresentada, devem servir para que a DRE reflita como o lucro é composto ou a possibilidade de ocorrer algum prejuízo resultante das operações feitas pela empresa.

Com essas informações essenciais bem discriminadas, elaborar sua DRE será mais fácil e o controle do dinheiro que entra e sai da sua empresa será mais efetivo, afinal, para que um negócio prospere, é preciso ficar de olho na sua saúde financeira.

Se você ainda não conta com uma solução como a DRE, sinta-se à vontade para tirar suas dúvidas com um dos nossos consultores!

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